sábado, 3 de outubro de 2009

e eu, uma pedra...


Começo a entender que faço disto aqui o diário das minhas mortes:

"Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida". (G.H.)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

passa tempo, bem depressa, não demora.


morri. voltei.

a vida é assim, São Paulo também é assim: um furacão!

quero me agarrar em tantas coisas que estou escorregando pelas paredes.
ufa! que sufoco.

Um elefante a gente só come em pedaços.

.
.
me agarra la bruja,
me lleva al cerrito,
me sienta en sus piernas,
me da de besitos.


me he entrado al infierno astral.

sábado, 14 de março de 2009

entre tempos de morango.


como diz C. Drummond de Andrade:


o sofrimento é repartido ao longo da vida e separado por blocos de esquecimento.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

"use as escadas e gaste suas calorias"

Av. Paulista, 24 de fevereiro de 2009

Sim. Não é por inspirção o que escrevo agora. Talvez esteja ainda organizando o que estaRÁ sendo organizado. O que escrevo agora está longe de um desabafo - o que à primeira vista tende a parecer.
Antes de te escrever eu inalo o perfume da cereja, preencho minhas veias do amargo do café e me perfume do mais doce do amendoim.
Estou descobrindo surtos de inspiração a partir da dor, da saudade e da solidão.
Espera.

Voltei.

Não posso culpar o céu nublado, entrecortado de luzes, que tentam romper e invadir o concreto molhado desta avenida. Eu mesmo sou estes raios e não me acho. Não chove mais agora.
Confesso que descubro a morte frequentemente desde o dia que rompi meu lugar ao mar. Lembrei dos amigos, família e dos últimos (re)re-encontros. Um formigamento na barriga irradiou até meus olhos e fez com que brotasse uma sutil lágrima do olho esquerdo. Morro. Hoje é um dia morto. Perdão. Preciso retomar e finalizar.
Finalizar aqui. Até este instante-já.
Talvez o que era mesmo para ser escrito aqui era este momeno pré, este final que precede o ato. E acho que pode ser isso. Espero - sim. NÃO! Não é exatamente isso que sinto. Dói esta solidão, dói esta falta. FALTA! Falta! Está faltando! E o que estou falando é de coisa que é puro sentir.
Descobri: estou morto e estou no pré.

"Socorro alguma alma mesmo que penada me empreste as suas penas".

Parece que os raios neste instante-já querem devanear pelo ar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

morte de luz.

caosmudançadorindecisãochoroinquietudeSPcasagêmeosamorsaudadedistânciavontadedesejos

grito(!)


"Perdi-me muitas vezes pelo mar, o ouvido cheio de flores recém cortadas, a língua cheia de amor e de agonia. Muitas vezes perdi-me pelo mar, como me perco no coração de alguns meninos. Não há noite em que, ao dar um beijo, não sinta o sorriso das pessoas sem rosto (...). Porque as rosas buscam na frente uma dura paisagem de osso e as mãos do homem não têm mais sentido senão imitar as raízes sob a terra. Como me perco no coração de alguns meninos, perdi-me muitas vezes pelo mar. Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma."
Frederico Garcia Llorca



sábado, 31 de janeiro de 2009

é a lua em câncer(!)


"Ainda é cedo amor

Mal começaste a conhecer a vida

Já anuncias a hora da partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar".


aindacommedomascomvontadedevoar. umavidaagitadamaséporqueeuamodemais.


masoventonasfolhascontandohisóriasquepodemserminhas. evoa.


é hora de VOAR. ParteII.





II.

saudadedomeninodoquartoazul

domingo, 25 de janeiro de 2009

é só soltar, que já é!

"Seria tão bom ter as pessoas que a gente gosta sempre juntas, mas alguém iria embora, alguém sempre vai embora. E a gente tem que dizer adeus"

por C.B.

entre amores
entre amigos
entre sonhos
entre desesjos
entre família
entre-dores
coisa essa muito boa esse negócio de encontros

(re)reencontros
primeiro encontro
en-contro
último encontro.

fica só o "Êa"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

a gente vai brincando de usar.

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
(C.L.)

o telefone toca.
eu gaguejo, eu sigo.
sub-o.
olho-no-olho.
recuo.
enfrentamento.
ele.
e
...

corpo e corpo.
e
...ele (dor).

respiração e recuperação.
vim só dar despedida.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

pelas escadas, para a baía.

Hoje tem espetáculo?
Tem, sim sinhô.

Aproveita moçada!
Dez tostões não é nada!
Sentadinho na bancada!
Pra ver a namorada!

E o palhaço, o que é?
É ladrão de mulher.

Oh raio, oh sol, suspende a lua!
Olha o palhaço no meio da rua!

Viva a rapaziada sem ceroulas!
Vivaaaa...!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

o primeiro caco.


Charlie Brown, disfarçado de fantasma, sai para pedir doces de porta em porta no Halloween com a sua turma.Quando as crianças contam o que ganharam, é sempre as mesma coisa:

- Eu ganhei um doce!

- Eu ganhei um chocolate!

E Charlie Brown, tristemente, revela:

- E eu, uma pedra...